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sábado, 18 de abril de 2015

UMA LIÇÃO DE VIDA

Boa tarde amigos...

Este artigo é em homenagem a todos aqueles que fazem da eletrônica seu hobby, sua paixão e seu trabalho, a uma imensidão de abnegados, desconhecidos, que dedicam parte de sua vida aos projetos, as montagens, aos consertos, desde os mais antigos até os mais sofisticados equipamentos do nosso mercado atual. Este artigo é em homenagem somente aqueles que as vezes queimam seus de dedos com o ferro de solda, sujam suas mãos com pasta térmica, passam algumas horas queimando fósforo tentando solucionar um problema de defeito ou que não tem mais a peça original no mercado e tem que adaptar ou não encontra diagrama esquemático ou manual de serviço, BAH !!! QUANTO " OU ", ainda aquele que se dedica ao acabamento perfeito das montagens, aquele relógio de bolinhas de gude não é Carlos PY3CSA ou daquele radio capelinha,  ou do rádio AM rabo-quente, se lembram dele ou não !!!!! AH !!! bons tempos !!! ou o equipamento SMD sofisticado, última geração, que a fonte chaveada está lhe dando " ummmmm " trabalho no conserto. Tenho certeza de uma coisa quem trabalha com montagens e consertos são abnegados e gostam do que fazem, não adianta fazer as coisas somente por dinheiro tem de se ter amor e habilidade por aquilo que fazemos.

Apesar do texto abaixo falar no Sr. Décio Lau - PY3CQZ, este texto também presta homenagem a todos aqueles colegas aqui de Pelotas, que projetam, que montam e aos que consertam, não importando se são radioamadores ou não, que daqui para frente estaremos falando todas as semanas neles e contando parte de seu trabalho.
Vida longa a todos nós que dedicamos parte de nossa vida a esse hobby e trabalho maravilhoso chamado ELETRÔNICA.

de PY3YJU - Julio. 

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Suilan Conradosuilan@riovalejornal.com.br

Texto copiado e colado na íntegra do RIOVALE JORNAL

Verão de 1931. Nasce pelas mãos de uma parteira, em Santa Cruz do Sul, Decio Lau. De origem alemã, dinamarquesa e portuguesa, o menino se interessa cedo pela eletrônica.
Aos 18 anos, já tem seu primeiro emprego. Na oficina de rádios onde trabalhava Heinz Gressler, que se torna um grande amigo, Lau se apaixona de vez pela arte da eletrônica.
Em janeiro de 1952, ele ruma para a capital gaúcha. Após adquirir experiência nas empresas Arno Decker e General Eletric, e principalmente, depois de casar com a mãe de seus filhos em Porto Alegre, Lau decide que é hora de abrir sua própria eletrônica, e no fim do ano de 1955, retorna de mala, cuia e mulher, para sua cidade natal.
Em terras santa-cruzenses, seu primeiro endereço foi na Rua Tenente Coronel Brito, onde permaneceu por 8 anos. Depois foi a vez da Rua 28 de Setembro abrigar sua eletrônica, que ficou ali por mais de 25 anos.
Atualmente a Eletrônica Lau esta há 23 anos na Rua Venâncio Aires, sendo uma das mais antigas e tradicionais do interior do Estado.
Especialista em antiguidade
A entrada é discreta. Não há grandes letreiros indicando o estabelecimento ou publicidades pomposas. A Eletrônica Lau é um cantinho localizado em uma área nobre, central e ao mesmo tempo tranquila da cidade. Um pequeno museu que abriga televisões e acima de tudo, rádios antigos.
Seu proprietário, de cabelos cor de açúcar, não esconde a idade nem a doçura no sorriso: 82 anos de vida dos quais, quase 60 deles, dedicados ao conserto de aparelhos eletrônicos.
Na ativa todo este tempo, Lau revela que o segredo para conservar a boa saúde é não se estressar e manter o bom humor. Pai de três filhos e avô de seis netos, ele afirma que não faz uso de nenhum medicamento e que todas as manhãs, realiza uma caminhada.
Mais do que cuidar da saúde do corpo, Lau preocupa-se com a saúde da alma. Guardado junto aos rádios e outras parafernálias, ele mantém uma estante repleta de livros, que contam histórias em várias línguas, todas dominadas pelo “velho” Lau. Ele reitera que aprendeu o alemão em casa, mas que o inglês, o espanhol e o francês, ele assimilou de ouvir no rádio e estudar nos livros.
Sobre a fiel freguesia, Lau conta que recebe visitas das mais variadas cidades gaúchas e também de Santa Catarina. Todos buscam o que só a Eletrônica Lau ainda pode oferecer.
Além do conserto, os amantes do som encontram verdadeiras preciosidades à venda. São rádios vindos de diversos países, das mais variadas épocas, e que custam de R$ 200 a R$ 2 mil.
O que só não tem preço são o talento e devoção do dono, que ainda segue trabalhando, para a alegria da exigente freguesia, que se preocupa em manter viva uma época longínqua, de  quando o rádio era um dos únicos meios eletrônicos disponíveis.

Fotos: Rolf Steinhaus
Decio Lau: o segredo da boa saúde é manter o bom humor
Fregueses de todo o Estado vêm à Eletrônica Lau para consertar ou adquirir rádios antigos
https://youtu.be/haNBqPTvzHc

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